Aproveitei que todo o país estava em festa e fui para Amsterdam comemorar junto com os holandeses o aniversário da rainha. Como o nome diz, Queen’s Day, imaginei logo que seria o aniversário da atual rainha e que todos cantariam os parabéns. Ledo engano ... a festa comemora o aniversário de nascimento da mãe da rainha que já está a 7 palmos do chão. Portanto comemorávamos o aniversário de alguém que já havia morrido. Aliás, eu e mais 2 milhões de pessoas.
A previsão indicava dia ensolarado com 4o.C de temperatura. Concluí que agüento passar a primavera de 4o.C, mas não garanto passar o inverno, pois usei todo o meu armamento de frio e quase não deu conta. Acho que vou sugerir para o pessoal aqui do trabalho me mandar hibernar no Brasil de novembro a março.
A festa é uma pequena amostra do carnaval baiano, mas com algumas diferenças básicas: só dura 1 dia ( e não o mês inteiro como na Bahia), não há brigas, nem empurrões. A polícia estava presente, mas numa atitude mais de quem está vendo a banda passar do que preocupada com a violência, pois essa não existe. E não pensem que o povo não bagunça: O pessoal aqui bebe todas !
Ao invés de trio elétrico, vi os barcos elétricos com enormes caixas de som e cada um mais enfeitado que o outro. Tinha o barco dos Darks – todo preto e o pessoal também. Tinha o barco das Ex-pôrno Stars todo rosa. Tinha o barco da mordomia com garçons servindo cerveja – mordomia é algo que não existe por aqui. Tinha o barco nos Nerds, todo enfeitado com computador, inclusive alguns monitores de vídeo terminaram caindo n’água. Os canais ficaram engarrafados como o circuito do carnaval em Salvador.
Os homens fazem xixi do mesmo jeito que no carnaval baiano: a céu aberto.
No dia seguinte, fomos passear à pé pela cidade e os sinais indicavam o clima da festa: latas de cerveja por todo lado, calça jeans ao chão, incontáveis sapatos, bexigas e diversas faixas na cor laranja que é típica daqui.
Pelo menos nesse dia, os holandeses pareciam muito divertidos e alegres.
